O Curso de História da Universidade Regional do Cariri (URCA) propõe que o/a profissional por ele formado/a seja dotado/a de espírito crítico capaz de perceber e desenvolver em suas tarefas aquilo que faz a especificidade da História como disciplina: sua historicidade; a necessidade de trabalhar associando teoria, método e manejo de dados empíricos e a captação do tempo social, do espaço social e dos agentes sociais no tocante aos diferentes períodos e sociedades. Será, portanto, um/a profissional que problematiza o conhecimento que lhe é apresentado e que se propõe (re)construí-lo, salientando as controvérsias que se apresentam a cada passo na elaboração desse conhecimento.

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Nosso curso pretende formar o/a professor/a-pesquisador/a, entendendo a produção do conhecimento histórico e o manuseio desse conhecimento em sala de aula como dimensões indissociáveis do fazer histórico. Assim, a sala de aula constitui-se em um espaço no qual se manifesta a própria oficina historiográfica. A estruturação do curso e suas disciplinas pretendem romper com a sacralização de conteúdos como um dado, como algo acabado, pronto, no qual o/a aluno/a tem como fim último a sua mera reprodução. Isso implica a necessidade de se trabalhar com fontes, destacar os aspectos problemáticos, as polêmicas, as dificuldades e divergências presentes na produção da História.

Importa-nos formar um/a profissional que seja capaz de perceber e mostrar a indissociabilidade entre ensino e pesquisa, fazendo-o/a se perceber como sujeito na construção desse conhecimento. Assim, acreditamos que será mais fácil se efetivar a articulação fundamental entre o ensino superior e a educação básica e o trabalho em outras instituições que demandem a atuação do/a historiador/a.

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Pretende-se, outrossim, instrumentalizar o/a aluno/a para a produção do conhecimento histórico regional, integrado a outras espacialidades e temporalidades, nas quais o/a estudante se articula, uma vez que compreendemos que a História local “só tem sentido de ser tratada se inserirmos os seus temas em um contexto mais amplo, encontrando a universalidade em cada um dos temas locais (Zamboni, 2001:8).”